Brasil Terra em Transe - A arte actual brasileira

Jorge Duarte

Palma, MG — 1958

Há uma espécie de humor transcendente marcado por referências históricas ou a elementos corriqueiros presentes na banalidade do dia-a-dia. Esta dicotomia trazida em seu percurso, possibilita a Jorge Duarte navegar com destreza por canais cultos e leigos, repousando a sua obra no berço expandido do entendimento, sem perder a sofisticação que lhe é inerente. O artista mimetiza, subvertendo com sutileza, dançando suave no ringue. Um texto escrito pelo crítico Paulo Herkenhoff sobre Jorge Duarte em 1984, sintetiza de maneira brilhante a percepção do critico em relação a uma carreira que se encontrava nos primórdios: “Jorge da arte faz o que quer. Sem estilo conceitual ou material ou estilístico. Concretiza como os concretistas, abstrai como os abstracionistas, transvanguardiza como a transvanguarda, expressa como os expressionistas, rabisca como os grafiteiros e etc. como os generalistas. “Volpi pinta volpis” e Jorge Duarte pinta arte. Parábola dos talentos. Pinta arte sem unidade. Abolição do método pelo seu prisioneiro. E expõe o método sobre o método. Está aí o que aprendeu nas Belas Artes e em Malasartes e aprendeu em Flash Art e Flash Gordon. Cita e recita - reneo-concretismo, renova Figuração, reilustração do desejo ou da ideologia teorizados. Remonta a (a) história da arte. O título da obra participa, não e legenda nem explicação. Chave que entreaberta ambivalência. “O forte da pintura”. Quem? Parece ser Picasso, ou é o monstrinho musculoso ou a tinta metálica?”

Sobre

Biografia

Adicionar Alt no backoffice

Jorge Duarte

Palma, Minas Gerais, 1958

Vive e trabalha no Rio de Janeiro

Jorge Duarte é Bacharel em Pintura e Mestre em História da Arte pela Escola de Belas Artes da UFRJ. É membro fundador do coletivo de artistas Imaginário Periférico. Atualmente é professor assistente no curso de Artes Visuais-Escultura da Escola de Belas Artes da UFRJ Foi professor no Instituto de Artes da UERJ, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e da Escola de Belas Artes da UFRJ, no Rio de Janeiro. Realizou 19 exposições individuais, dentre elas Breve Antologia Plástico-poética, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói 2004; Galeria Anna Maria Niemeyer, RJ, em 1992, 2001, 2005 e 2008; Paço Imperial, Sala Gomes Freire, Rio de Janeiro, 1995; Gallery Maeder, Munique, Alemanha, 1985; Galeria de Arte UFF, Niterói, 1993; Subdistrito Comercial de Artes, São Paulo, SP, 1988; Galeria Saramenha, Rio de Janeiro, 1997; Galeria César Aché, Rio de janeiro, 1984. Entre mais de oitenta exposições coletivas, destacam-se: Bienais de Paris e São Paulo, em 1985; Novas Aquisições na Coleção Gilberto Chateeaubriand, MAM, RJ; Abrigo Poético – Diálogos com Ligia Clark, Museu de Arte Contempoorãnea de Niterói, Niterói, RJ, 2006; Território em Trânsito, Centre International d”Art Contemporain – Chateau de Carros, Carros Village, França, 2005; Onde está Você Geração Oitenta?, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2004; Coleção Marcantonio Vilaça – Passsaporte Contemporâneo, MAC-USP, São Paulo, 2003; Mapa do Agora – Coleção João Satamini no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP; Der Brasilianische Blick, em Berlim, Aachen e Heidenheim, Alemanha, 1998/99; Objeto-Anos 60/90 – Cotidiano Artes, MAM, Rio de Janeiro, Instituto Itaú, São Paulo,1999; Papel do Brasil Arte Contemporânea, Palácio dos Trabalhadores, Pequim, China, 1995; Metrópolis e Periferia (Prêmio de Viagem à Alemanha), MAM, Rio de Janeiro, 1995; Brazil Images of the 80`s & 90`s, Art Museum of the Américas, Washington,D.C. USA, 1993/1994;  XI Bienal Internacional de Valparaiso, Galeria Internacional de Valparaiso, Valparaiso, Chile, 1994; BR 80 – Pintura Brasil Década de 80, Casa França Brasil, RJ, 1991; Projeto Arqueos, Fundição Progresso, Rio de Janeiro; Rio Hoje, MAM, RJ, 1989; Trienal de Desenho, Nuremberg, Alemanha e Linz, Áustria, 1985; Como Vai Você, Geração Oitenta?, EAV Parque Lage Rj, 1984.

Principais Premiações:

1987 – Prêmio Bolsa Ivan Serpa – Funarte, Rio de Janeiro.

1988 – 1° Prêmio no VIII Salão Arte Pará.

1995 – Prêmio de Viagem à Alemanha- Workshop Metrópolis e Periferia, ESDI e Museu de Arte Moderna, RJ.

1996 – Prêmio Icatu de Artes- Viagem à França. Patrocinado pelo Banco Icatu.

Biografia

Textos

Jorge Duarte: Temas e Questões da História

Fernando Cochiarale

O Espelho Ampliado

Guilherme Bueno

Revista Galeria

Reinaldo Roels

Exposição Individual Gal. Cesar Aché

Paulo Herkenhoff