Brasil Terra em Transe - A arte actual brasileira

Mariana Manhães

Niterói, RJ — 1977

Um universo próprio e particular é acessado através do trabalho tecnológico-poético de Mariana Manhães. Motores, imagens, cinética, utensílios domésticos e organismos habitam concomitantemente o espaço de suas obras. Para a artista, seus trabalhos formulam um vocabulário a partir dos materiais tecnológicos, tal qual uma entidade orgânica, muscular. Sobre o funcionamento dos trabalhos de Mariana Manhães, Fernando Cocchiarale menciona: “(...) Os Bules, portas e demais objetos que se movimentam e falam (de modo quase incompreensível) nas instalações iniciais, e o contínuo e sonoro deslocamento de imagens de lâmpadas pela superfície dos monitores, não são apenas efeitos audiovisuais, tecnologicamente criados – eles de fato acionam os sensores que os movem. (...)” Todos os elementos que constituem os trabalhos são assumidos como partes necessárias e trabalham em si como corpos mecânicos, inflam, erguem-se, movimentam-se, exibem, falam. Seus seres-máquina são lúdicos e provocam reações entre si mesmos e entre nós; eles existem de forma antropomórfica e geram indagações perpétuas acerca da condição e das relações travadas entre humano e máquina. Sobre sua própria obra a artista diz: “As pessoas muitas vezes associam os meios tecnológicos a trabalhos interativos e é comum ver algum visitante pulando ou fazendo gestos em frente ao trabalho, achando que ele vai responder a um comando. Meus trabalhos não funcionam dessa forma – eles não interagem objetivamente com o público. Já me perguntaram sobre isso, mas, para mim, o sentido está no autismo das máquinas.”

Sobre

Biografia

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Mariana Manhães

Niterói, Rio de Janeiro - 1977

Vive e trabalha no Rio de Janeiro

Participou de exposições em diversos museus e galerias no Brasil e exterior, dentre os quais se destacam: MuBE (São Paulo), Bienal de Vancouver (Vancouver, Canadá), ShanghArt Gallery (Xangai, China), The Mattress Factory (Pittsburgh, EUA), Bozar Museum (Bruxelas, Bélgica), Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília), Martin-Gropius-Bau Museum (Berlim, Alemanha), Instituto Itaú Cultural (São Paulo), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo), Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador), Museu Vale do Rio Doce (Vila Velha), Galerie GP+N Vallois e Natalie Seroussi (Paris, França), entre outros. Apresentou individuais na Galeria Múltiplo (Rio de Janeiro, 2017), Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2013), Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2010) e Museu de Arte Contemporânea (Niterói/RJ, 2007). Mariana recebeu e participou dos seguintes prêmios e residências artísticas: The Mattress Factory Residency Program (2011), Prêmio Marcantônio Vilaça – FUNARTE/MinC (2015), Vancouver Biennale Residency Program (2014), Bolsa Funarte de Estímulo às Artes Visuais / FUNARTE (2013), Salão de Goiás (2006), Salão da Bahia – Prêmio Gilberto Chateaubriand (2005). Em 2006 e 2017 foi finalista do Prêmio CNI SESI Marcantônio Vilaça (2017). Graduou-se em Psicologia pela UFF (2001) e concluiu Mestrado em Comunicação e Cultura pela UFRJ (2012). Sua formação artística aconteceu entre 1997 e 2005 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde atualmente é professora.

Biografia

Textos

Dentre

Fernando Cocchiarale