Brasil Terra em Transe - A arte actual brasileira

Paulo Nazareth

Governador Valadares, MG - 1977

Paulo Nazareth é andarilho, ciclópico e indagador. Sua teia de trabalho se expressa, sobretudo, pelas suas relações e trocas com as pessoas que encontra pelo seu caminho; pessoas em diásporas, pessoas migrantes. Seu trabalho trafega entre denúncias, gestos, pinturas, performances, instalações, territórios e infinitos contatos que se estruturam por um zelar e comprometimento terceiro-mundista. O constante desafiar das normatividades, preconceitos étnico-raciais e territoriais são máximas em suas explorações. Ainda que seu corpo de trabalho possua uma dimensão velada pelos encontros e pela oralidade, ele se manifesta em vídeo, fotografia, objetos encontrados, esculturas, panfletos, etc. Outro aspecto de sua obra reside na possibilidade constante de gerar debate e criação através de projetos que são encaminhados pelo próprio artista para discussão pública e acessível de questões relacionadas ao modo de operar da ideologia colonial dominante. Relatos, memórias, conceitos e ancestralidade pontuam precisamente seu trabalho. Tratam-se de obras que redirecionam o olhar não apenas para a indagação de sistemas, fronteiras, ideais modernos e identidades nacionais mitológicas, mas também para formas de inserção de agentes e alteridades amplamente invisibilizados. A marginalidade, e a própria ideia de margem é encarada e recolocada como centro em sua obra.

Sobre

Biografia

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Paulo Nazareth

Governador Valadares, MG - 1977

Viva e trabalha ao redor do mundo

Awa Jeguakai Nrendá’s

Homem velho nascido em Borun Nak, Vale do Rio Doce, MG, Pindorama (BR), vive como nômade global.

Suas exposições individuais incluem Vuadora, Pivô, São Paulo (2022); ICA Miami, Miami (2019); Faca Cega, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2018); Old Hope, Mendes Wood DM, São Paulo (2017), Genocide in Americas, Meyer Riegger Gallery, Berlim (2015), Journal, Institute for Contemporary Arts, Londres (2014), Premium Bananas, MASP, Museum of Art São Paulo (2013). Participações em mostras coletivas incluem How to talk with birds, trees, fish, shells, snakes, bulls and lions, Staatliche Museen zu Berlin, Berlim (2018); EXTREME. NOMADS, MMK Museum für Moderne Kunst, Frankfurt am Main (2018); The Lotus in Spite of the Swamp, Prospect.4 Triennial, New Orleans (2017); Field Gate, Remai Modern, Sasktoon (2017); Soft Power. Arte Brasil, Kunsthal KAdE, Amersfoort (2016); Much wider than a line, SITE Santa Fe, Santa Fe (2016); New Shamans/Novos Xamãs: Brazilian Artists, Rubell Family Collection, Miami (2016); Indigenous Voices, Latin American Pavilion 56th Venice Biennale, Veneza (2015); The Encyclopedic Palace, 55th Venice Biennale, Veneza (2013); Museum as Hub: Walking Drifting Dragging, New Museum, Nova York (2013).

Biografia

Textos

Sobre Che Cherera de Paulo Nazareth: Uma Conversa no Tempo Mítico

Luciana de Oliveira

[A] LA FLEUR DE LA PEAU

Paulo Nazareth

AMBIGUIDADE RELEVANTE: experiência itinerante e documentação visual

Luiz Cláudio da Costa

Como se faz um marginal?

Ana Pato e Laura Castro

Dentro, fora, antes ou depois? – A política espaço-temporal de Notícias da América

Natalie Lima

The Walker

Gideon Lewis-Kraus