Técnica: Vídeo
Dimensão: 02:47 minutos
Trilha Sonora: Aline Motta e Bruno Elisabetsky
Técnica: Vídeo
Dimensão: 02:47 minutos
Trilha Sonora: Aline Motta e Bruno Elisabetsky
Este vídeo foi criado a partir de uma situação presenciada na praça em frente ao Poupatempo na Sé em São Paulo. Por ser uma praça gradeada com apenas dois portões, as pessoas são obrigadas a passar ao largo dela. Alguns poucos “se arriscam” a transitar dentro deste espaço. Assim como em muitas outras praças do Brasil, esse é mais um espaço público que não se configura como tal. Nota-se também a guarita estrategicamente posicionada, certamente para controlar a entrada e saída do local, que no caso inclui tanto o órgão público Poupatempo, quanto a praça. Curiosamente a praça tem o formato de um anfiteatro. Dentro deste espaço subjetivo, quem cruza a arena está vulnerável. Localizada entre rios soterrados, ela é território movente, viscoso ruído digital. Através de técnicas de animação, mesclando foto, filme e intervenção na imagem, o vídeo pretende discutir questões de invisibilidade. Trata do efeito que uma série de documentos, classificações e regramentos podem regular e normatizar uma vida. Quanto mais se é enquadrado como “cidadão”, mais a individualidade é anulada. Corpos se tornam uma massa amorfa, sem identidade, subrepticiamente integrados à paisagem urbana. É assim que poupamos tempo? O efeito “mosaicado” criado por cima das imagens, realizado propositalmente de maneira rudimentar, se remete ao efeito inserido em reportagens de TV quando se quer esconder a identidade de um indivíduo. Máscaras e apagamentos.